Afinal, do que se trata essa tal de Psicanálise?
- adalbertodantaspsicólogo
- 2 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de abr. de 2020

Criada a partir dos estudos do neurologista austríaco Sigmund Freud (1856–1939) e desenvolvida por vários psicanalistas posteriores, a psicanálise
se constituiu em um método de tratamento do sofrimento psíquico, um método de investigação da subjetividade e em um conjunto de teorias sobre o funcionamento da psique humana como resultado do relacionamento contínuo do indivíduo com o mundo exterior e consigo mesmo. Partindo de observações clínicas de seus pacientes, Freud demonstrou que o Inconsciente tem um papel central na realidade psíquica do ser humano, estando presente no cerne dos seus sintomas e desejos conflituosos, fazendo dele o eixo condutor do tratamento psicanalítico. Desta forma, para acolher a singularidade de cada pessoa, com a sua linguagem, a sua história, com o seu universo de vida, a psicanálise se baseia no método da “associação livre”, ou seja, é na fala da pessoa que acontece em relação transferencial com o analista, que o psicanalista dirige a sua escuta e sob a qual ele intervem, pontua o que demonstra ser importante, levanta questões que se mostram relevantes, aponta e interpreta o que está revelando, e vai ajudando o analisando a se descobrir, a se dar conta do seu desejo, a encontra o caminho do qual ele se perdeu, num trabalho em que se busca revelar os conteúdos inconscientes, oferecendo ao analisando a possibilidade de construir um saber sobre si mesmo que lhe propicie, elaborar e ressignificar as vivências que lhe causam sofrimento, reordenar suas posições de vida, e inventar novas formas de se relacionar consigo mesmo e com aqueles que o cercam.
Nessa perspectiva, a psicanálise se diferencia das outras psicoterapias por ser um método de investigação das causas inconscientes, enquanto outras correntes psicoterápicas se orientam por aspectos conscientes e comportamentais. Tal diferencial faz com que a direção à cura se torne algo com efeitos duradouros para a vida do sujeito que se submete a um processo psicanalítico.
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